Leibniz

Íon e Hípias Menor são diálogos do jovem Platão (427-347 a.C.), dos quase trinta de sua autoria que chegaram até nós. Aqui, o principal discípulo de Sócrates (470?-399? a.C.) usa de toda sua verve brincalhona e irônica para, como lhe é característico, trazer o homem e sua capacidade de conhecimento para o centro da discussão, ocupando o espaço anteriormente destinado à natureza e ao universo.

No primeiro diálogo, Sócrates e Íon, um rapsodo (recitador profissional de poesias), debatem sobre o ofício, sobre a possibilidade de se apreciar uma obra literária e o papel da inspiração na crítica. No segundo diálogo, Sócrates e Hípias versam sobre a mentira e concluem que saber mentir vale mais do que dizer a verdade meramente por não se saber manipulá-la – e que a capacidade de inventar os fatos é em si algo positivo.

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