Coleção L&PM Pocket


"O homem mais poderoso do mundo é o que está mais só."

Henrik Ibsen - "Um inimigo do povo"

UM INIMIGO DO POVO

Henrik Ibsen

Tradução de Pedro Mantiqueira

Um inimigo do povo foi publicado em Copenhague em 1882 e estreou no Teatro Nacional em Oslo em 13 de janeiro de 1883. Imediatamente foi traduzido para dezenas de línguas e quase simultaneamente foi encenado e publicado em quase toda a Europa, numa repercussão digna dos grandes autores franceses que monopolizavam a dramaturgia da época. A estréia em Paris foi marcada por grandes manifestações no teatro de apoio às idéias anarquistas. A enorme repercussão da peça motivou longos e apaixonados artigos do deputado socialista Jean Jaurès (1859-1914) e do deputado esquerdista e grande intelectual do seu tempo Georges Benjamin Clemenceau (1841-1929). Em 1898, voltou a ser apresentada em Paris em meio ao célebre processo Dreyfus, quando as sessões de Um inimigo do povo eram seguidamente interrompidas com aclamações de protesto contra o Estado e de apoio a Ibsen e Zola, que pontificava na época com seu célebre libelo libertário J’accuse a favor de Alfred Dreyfus.

Esta peça é uma obra-prima sobre as contradições humanas e a falência do indivíduo diante da unanimidade. Mesmo diante da vontade de praticar o bem comum, o dr. Stockmann entra em choque com os interesses mesquinhos da cidade. Vítima da maioria e da unanimidade, o homem que queria salvar a cidade torna-se o inimigo do povo. Estas idéias de Ibsen aproximavam-se muito das idéias anarquistas que tinham amplo apoio de importantes segmentos intelectuais e políticos da sociedade da época. A peça é uma impiedosa crítica às elites, aos governos, aos partidos e ao pensamento único.

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Informações Gerais

  • Título:

    UM INIMIGO DO POVO

  • Catálogo:
    Coleção L&PM Pocket
  • Gênero:
    Teatro
    Literatura clássica internacional
  • Referência:
    229
  • Cód.Barras:
    9788525411044
  • ISBN:
    978.85.254.1104-4
  • Páginas:
    176

Vida & Obra

Henrik Ibsen

Henrik Ibsen nasceu em 20 de março de 1828, filho de Knud e Marichen (Altenburgh) Ibsen, em Skien (Noruega) – uma cidade costeira de cerca de 3 mil habitantes cuja principal atividade econômica era a extração de madeiras. Com exceção de seu pai, que era proprietário de um armazém e de uma destilaria, os parentes por parte de pai foram todos marinheiros e capitães de navios. O irmão mais velho morreu um mês antes do nascimento de Henrik, mas seus pais tiveram mais quatro fil...

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Opinião do Leitor

caio
rio

Estou doido pra ter UM INIMIGO DO POVO da LPM mas tá dificil encontrar....VAMOS, LPM, CONSAGRA-SE! VAMOS GANHAR DINHEIRO! Coloquem no mercado esse livro

27/09/2010

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Um inimigo do povo foi publicado em Copenhague em 1882 e estreou no Teatro Nacional em Oslo em 13 de janeiro de 1883. Imediatamente foi traduzido para dezenas de línguas e quase simultaneamente foi encenado e publicado em quase toda a Europa, numa repercussão digna dos grandes autores franceses que monopolizavam a dramaturgia da época. A estréia em Paris foi marcada por grandes manifestações no teatro de apoio às idéias anarquistas. A enorme repercussão da peça motivou longos e apaixonados artigos do deputado socialista Jean Jaurès (1859-1914) e do deputado esquerdista e grande intelectual do seu tempo Georges Benjamin Clemenceau (1841-1929). Em 1898, voltou a ser apresentada em Paris em meio ao célebre processo Dreyfus, quando as sessões de Um inimigo do povo eram seguidamente interrompidas com aclamações de protesto contra o Estado e de apoio a Ibsen e Zola, que pontificava na época com seu célebre libelo libertário J’accuse a favor de Alfred Dreyfus.

Esta peça é uma obra-prima sobre as contradições humanas e a falência do indivíduo diante da unanimidade. Mesmo diante da vontade de praticar o bem comum, o dr. Stockmann entra em choque com os interesses mesquinhos da cidade. Vítima da maioria e da unanimidade, o homem que queria salvar a cidade torna-se o inimigo do povo. Estas idéias de Ibsen aproximavam-se muito das idéias anarquistas que tinham amplo apoio de importantes segmentos intelectuais e políticos da sociedade da época. A peça é uma impiedosa crítica às elites, aos governos, aos partidos e ao pensamento único.

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