Vida & Obra


Isadora Duncan

Isadora Duncan tornou-se uma personalidade marcante do século XX. Precursora da dança moderna, repudiou as técnicas do balé clássico, deixando-se levar por movimentos expontâneos, criando vigoroso e livre estilo pessoal. Correndo como uma bacante, com túnicas vaporosas, os pés descalços e os cabelos semi-soltos, libertou a arte suspensa há séculos nos vasos gregos do Louvre, que lhe serviram de fonte de inspiração e evocação do espírito dionísiaco.

Norte-americana, nascida em São Francisco em 1877, Isadora partiu para a Europa em 1899 buscando afirmar-se como dançarina. Arrebatada pelas obras de Beethoven e Wagner e pelas imagens da Grécia Antiga, alcançou grande sucesso em Paris em 1902, ao apresentar-se no Teatro Sarah Bernhardt, iniciando uma série de triunfos que lhe dariam notabilidade mundial. Em agosto de 1916, aos 38 anos de idade, Isadora Duncan apresentou-se no Brasil no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

O desastre e afogamento de seus dois filhos em 1913 e o suicídio de seu ex-marido, o poeta russo Sergei Esenin (1895-1925), martirizaram Isadora até sua morte em Nice, a 14 de setembro de 1927, quando sua longa echarpe, durante um passeio de automóvel, terminou por se enrolar em uma das rodas do conversível, sufocando inesperadamente sua trágica e gloriosa existência. "Está de luto a graça do mundo! Isadora Duncan (...) desapareceu com as linhas predestinadas do seu corpo e o abençoado condão de sua arte" – Revista da Semana, Rio, 1927.

Fonte: Brasil Cult

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