Coleção L&PM E-books


A OBRA DE ARTE NA ERA DE SUA REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA - Walter Benjamin

A OBRA DE ARTE NA ERA DE SUA REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA

DAS KUNSTWERK IM ZEITALTER SEINER TECHNISCHEN REPRODUZIERBARKEIT

Walter Benjamin

Tradução de Gabriel Valladão Silva

“Ele esclareceu certos aspectos da modernidade com tanta autoridade que setenta anos de imprevisíveis mudanças não conseguiram diminuir seu impacto.” Sir Frank Kermode, crítico literário

“Não houve nenhum outro crítico mais original, mais sério e melhor leitor em
nosso tempo.” George Steiner, crítico literário

Um dos trabalhos aos quais Walter Benjamin (1892-1940) mais se dedicou e também um dos que mais apreciou escrever, A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica é sem dúvida seu texto mais influente. Como o título já sugere, o ensaio anuncia as mudanças operadas pela modernidade: o advento da fotografia e do cinema – e as transformações trazidas pela técnica empregada nestes dois campos – mexem com o status da obra de arte, retirando-lhe o que Benjamin chamou de “aura”, ou seja, aquela característica que a torna única, a experiência da contemplação “aqui e agora”. Para além do artístico, o autor revela as consequências dessa revolução para os campos social e político.

O texto foi publicado pela primeira vez em 1936, em francês, na revista do Instituto de Pesquisas Sociais, ponto de convergência de um grupo de pensadores que daria origem à Escola de Frankfurt. Teria ainda outras três versões, todas póstumas. Somente nos anos 80 veio a público a segunda versão, que aqui apresentamos. Com notas e variantes, esta edição oferece, pela primeira vez em língua portuguesa, uma visão global das quatro versões existentes deste que é um dos textos fundamentais para se compreender as mudanças sociais e políticas do século XX, cujos ecos continuam a se estender nas reflexões contemporâneas.

A história da publicação de A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica é um pouco a história da errante vida de seu autor, Walter Benjamin. Além da primeira versão, escrita em 1935 e publicada com inúmeros cortes em 1936 em francês, o texto teve outras três versões, todas publicadas após a morte do autor. Já na época de sua concepção, o ensaio recebeu diversas críticas, incluindo de Max Horkheimer e Theodor Adorno, que escreveu uma carta ao autor (aqui reproduzida) fazendo uma leitura negativa do trabalho.
Até os anos 80, a terceira versão, escrita entre 1938 e 1939, foi a que teve a maior influência na recepção do texto.

Somente após a morte de Horkheimer, com a abertura de seus arquivos, se teve acesso a esta que foi denominada segunda versão, conhecida por ser a mais radical e ousada do ponto de vista político e da teoria da técnica, incluindo também inúmeras notas e apresentando a famosa “teoria da segunda técnica”. Esta edição leva em conta as quatro versões do ensaio, colocando em primeiro plano a segunda versão, mas incorporando vários fragmentos e variantes que compõem a complexa estrutura do ensaio benjaminiano sobre a obra de arte.

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Informações Gerais

  • Título:

    A OBRA DE ARTE NA ERA DE SUA REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA

  • Título Original:
    DAS KUNSTWERK IM ZEITALTER SEINER TECHNISCHEN REPRODUZIERBARKEIT
  • Catálogo:
    Coleção L&PM E-books
  • Gênero:
    Cultura e sociedade
  • eISBN:
    978.85.254.3784-6
  • Formato:
    ePub
  • Edição:
    março de 2014

Vida & Obra

Walter Benjamin

Walter Benjamin nasceu em 15 de julho de 1892 em Berlim, filho de um casal de judeus assimilados. Estudou filosofia, literatura alemã e história da arte entre Freiburg, Berlim, Munique e Berna. Em 1917 casou-se com Dora Pollak, com quem teve o único filho, Stefan. Viveu como escritor e tradutor (de Baudelaire, Proust, Balzac, entre outros) em Berlim e, em 1933, emigrou para a França, após a ascensão dos nazistas ao poder. De sua obra rica e multifacetada se destacam sua ...

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“Ele esclareceu certos aspectos da modernidade com tanta autoridade que setenta anos de imprevisíveis mudanças não conseguiram diminuir seu impacto.” Sir Frank Kermode, crítico literário

“Não houve nenhum outro crítico mais original, mais sério e melhor leitor em
nosso tempo.” George Steiner, crítico literário

Um dos trabalhos aos quais Walter Benjamin (1892-1940) mais se dedicou e também um dos que mais apreciou escrever, A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica é sem dúvida seu texto mais influente. Como o título já sugere, o ensaio anuncia as mudanças operadas pela modernidade: o advento da fotografia e do cinema – e as transformações trazidas pela técnica empregada nestes dois campos – mexem com o status da obra de arte, retirando-lhe o que Benjamin chamou de “aura”, ou seja, aquela característica que a torna única, a experiência da contemplação “aqui e agora”. Para além do artístico, o autor revela as consequências dessa revolução para os campos social e político.

O texto foi publicado pela primeira vez em 1936, em francês, na revista do Instituto de Pesquisas Sociais, ponto de convergência de um grupo de pensadores que daria origem à Escola de Frankfurt. Teria ainda outras três versões, todas póstumas. Somente nos anos 80 veio a público a segunda versão, que aqui apresentamos. Com notas e variantes, esta edição oferece, pela primeira vez em língua portuguesa, uma visão global das quatro versões existentes deste que é um dos textos fundamentais para se compreender as mudanças sociais e políticas do século XX, cujos ecos continuam a se estender nas reflexões contemporâneas.

A história da publicação de A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica é um pouco a história da errante vida de seu autor, Walter Benjamin. Além da primeira versão, escrita em 1935 e publicada com inúmeros cortes em 1936 em francês, o texto teve outras três versões, todas publicadas após a morte do autor. Já na época de sua concepção, o ensaio recebeu diversas críticas, incluindo de Max Horkheimer e Theodor Adorno, que escreveu uma carta ao autor (aqui reproduzida) fazendo uma leitura negativa do trabalho.
Até os anos 80, a terceira versão, escrita entre 1938 e 1939, foi a que teve a maior influência na recepção do texto.

Somente após a morte de Horkheimer, com a abertura de seus arquivos, se teve acesso a esta que foi denominada segunda versão, conhecida por ser a mais radical e ousada do ponto de vista político e da teoria da técnica, incluindo também inúmeras notas e apresentando a famosa “teoria da segunda técnica”. Esta edição leva em conta as quatro versões do ensaio, colocando em primeiro plano a segunda versão, mas incorporando vários fragmentos e variantes que compõem a complexa estrutura do ensaio benjaminiano sobre a obra de arte.

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