Coordenação editorial, biografia do autor, cronologia e panorama do
Rio de Janeiro por Luís Augusto Fischer
Fixação de texto, notas e posfácio de Carla Vianna
Como ler Machado de Assis (1839-1908), o grande escritor brasileiro, autor de uma obra tão rica quanto múltipla, que tanto disse sobre o Brasil e sobre a natureza humana? Esta nova edição de Quincas Borba, romance publicado em 1891 – já em uma nação republicana –, tem o objetivo de auxiliar o leitor a penetrar no mundo e a conhecer a mente de Machado de Assis. Revista e cotejada com a edição crítica do Instituto Nacional do Livro estabelecida pela Comissão Machado de Assis, traz, além de notas abundantes e de fácil compreensão, um farto material que possibilita um melhor entendimento sobre o autor e sua obra: uma biografia, uma cronologia, um panorama cultural do Rio de Janeiro e um mapa da época.
Quincas Borba, um dos mais conhecidos personagens machadianos, aparece pela primeira vez em Memórias póstumas de Brás Cubas (1881), mas é no romance aqui publicado que sua filosofia, o Humanitismo – uma sátira às teorias evolucionistas em voga na época – se revela. Quincas, prestes a morrer, nomeia como único herdeiro Rubião, um humilde professor interiorano. De posse da fortuna, ele parte para o Rio de Janeiro em busca de status, sem, no entando, estar preparado para enfrentar os meandros da política, o poder da sedução e a traição, misérias da condição humana de que Quincas – louco ou lúcido? – falava no Humanitismo.
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