Depois de Camões, Tomás Antônio Gonzaga é o poeta que tem mais leitores na língua portuguesa. Incontáveis edições já foram tiradas, no Brasil e em Portugal, das famosas liras de Marília de Dirceu, que com prestígio não menor têm transitado noutros idiomas: inglês, alemão, francês, italiano e espanhol.
Ainda que extremamente elaboradas, denotando o virtuosismo do poeta, essas liras parecem brotar espontaneamente dos mais calorosos recônditos da alma, e é esta harmonia entre a técnica e a emoção que fazem de Gonzaga o grande poeta que os leitores de hoje aprenderam a amar. De resto, soube ser original, dando um passo à frente da poesia de seu tempo: entre os cenários pastoris sem nome e sem história, próprios do Arcadismo, ele introduziu a cor local e retalhos da amarga história da colônia: a Vila Rica dos anos da "derrama" e da malfadada Conjuração Mineira.
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