“Somo-nos desconhecidos”
Publicado em 1887, nos anos de maturidade do autor, Sobre a genealogia da moral perscruta de onde surgiram nossos conceitos e preconceitos morais e, em se tratando de Friedrich Nietzsche (1844-1900), o faz implodindo, ao mesmo tempo, o castelo da metafísica ocidental e os pilares das ilusões da religião. Retomando mais detidamente tópicos que já havia tocado em obras anteriores, como as ideias básicas da nossa moralidade – os conceitos de bem e mal – e como foram desenvolvidas, Nietzsche parte do princípio de que o homem é um ser histórico.
No primeiro dos três ensaios, são demonstradas as raízes profundamente arraigadas do cristianismo na moral ocidental pós-socrática. Na segunda parte, Nietzsche fala da origem da consciência moral, da mudança do ser humano de uma “besta selvagem” a “animal manso”. Já na terceira, aborda a gênese do tipo de poder que ele chama de “sacerdotal” – poder de cunho religioso que ele detonará, com toda ênfase, em O anticristo, de 1888.
Eis uma das obras mais acessíveis do autor, que demonstra que as relações históricas entre nobres e escravos moldaram nossa suposta moralidade.
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