Nos dois últimos anos de vida, entre 1776 e 1778, Rousseau realizou longas caminhadas por Paris e arredores, observando os passantes, a flora – uma de suas grandes paixões –, as edificações e refletindo, amargurado, sobre a sociedade. Sentindo-se isolado pelas críticas à sua obra e às suas posições humanistas, registrou essas impressões em Os devaneios do caminhante solitário, um dos seus livros mais tocantes. Aqui a paixão inflamada dos seus primeiros escritos dá lugar ao lirismo e à serenidade, inspirando centenas de pensadores com suas considerações sobre a natureza do homem, sua individualidade e conduta.
Este grande testamento inacabado, publicado postumamente em 1782, combina o argumento filosófico com anedotas saborosas da própria vida e descrições poéticas de um homem que se sente afastado de todos. Juntamente com os autobiográficos Confissões (1782-1789) e Rousseau, juiz de Jean-Jacques (1789), Os devaneios é um fascinante retrato do filósofo, que encontra aqui espaço para analisar o passado e se defender dos críticos que o condenaram à solidão.
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Opinião do Leitor
Luis Domingos - Porto Alegre/RS
Mesmo exaltando os melhores comentários, eu não conseguiria definir este livro. Rousseau nesta obra mostra-se tão seguro de si e tão verdadeiro que em momentos ele ensina como um humano deveria seguir a sua vida: sem receios, orgulhoso mas não esnobe e necessariamente natural, deixando a vida material (do extremo consumo) para trás e pensando no seu modo puro e eterno de viver com a natureza e a vida.
Obrigado a todos da editora por este ótimo livro traduzido e obrigatório para qualquer pessoa.
20/07/2009 09:50:29
Agatha
Carlos Fleck / Três de Maio - RS
Este livro traz reflexões muito importantes de um verdadeiro revolucionário. Russeau é uma das influências mais importantes da Revolução Francesa. Parabéns a L&PM que está publicando o principal deste grande homem que é uma espécie de grande teórico dos movimentos populares.
15/01/2009 15:25:59