Poucos escritores do século XX atingiram a glória internacional como Henry Miller. E poucos escritores modernos foram tão perseguidos e censurados como ele. Sua obra-prima, Trópico de Câncer, um delirante relato de sua estada parisiense, escrito em 1934, só foi liberado para a publicação em seu país, os Estados Unidos, trinta anos depois da edição francesa, em 1964. Nascido no Brooklyn, em Nova York, em 1891, foi um homem que cultivou a controvérsia como o combustível de uma vida longa e intensa. Atraiu dezenas de adjetivos, como pornógrafo, gênio, maldito, lírico, egoísta, megalomaníaco, mas o conjunto de sua obra – universal e libertária – coloca-o entre os grandes autores do século que mudaram a cara da arte.
Em O Colosso de Marússia (na brilhante tradução de Cora Rónai), Henry Miller recupera – à sua maneira – o velho e bom gênero dos "livros de viagem". Ele narra sua estada na Grécia no início da Segunda Guerra e o seu deslumbramento ao conhecer o poeta Katsimbalis, poderosa personalidade que Miller ouve e analisa para o leitor, levando este último em uma viagem vertiginosa por uma Grécia iluminada e enigmática. O Colosso de Marússia é sobretudo um belo livro cheio de mistério e fascínio. Uma obra à altura dos grandes best-sellers do autor, como Trópico de Câncer (1934), Trópico de Capricórnio (1939), Sexus (1949), Plexus (1952) e Nexus (1959).
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