Após terem obstruído o propulsor de um barco, várias partes do corpo de um homem são retiradas das águas do canal de Saint-Martin, em Paris, mas a cabeça está faltando. Maigret segue com suas investigações pelos arredores de um pequeno bistrô, frequentado por marinheiros e estivadores, no cais em Valmy. O dono do bistrô desapareceu. O cadáver sem cabeça é finalmente identificado por uma cicatriz. Prova-se ser do dono do bistrô, Omer Callas, e a suspeita recai sobre sua esposa e seu amante, o qual teve uma discussão violenta com Callas a respeito de uma herança.
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O céu mal começava a se colorir quando Jules, o mais velhos dos irmãos Naud, surgiu no convés da barca, primeiro a cabeça, depois os ombros, por fim o grande corpo desengonçado. Coçando os cabelos cor de linho ainda não penteados, ele olhou para as comportas, para o cais de Jemmapes à esquerda, o cais de Valmy à direita, e alguns minutos se passaram, o tempo de enrolar um cigarro e fumá-lo no frescor da manhã, antes que uma lâmpada se acendesse no barzinho da esquina da rua Récollets.
Devido ao início do dia, a fachada parecia de um amarelo mais áspero que de costume. Popaul, o proprietário, sem colarinho e também desgrenhado, foi até a calçada para abrir as persianas.
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