A tragédia shakespeariana Júlio César, escrita entre 1598 e 1599, é a primeira do autor a tratar da história romana. Produzida ainda no início da carreira do bardo (Shakespeare começou a escrever textos teatrais entre 1590 e 1592), reflete a necessidade, por parte do autor, de buscar na história antiga subsídios para sua compreensão do mundo e do humano.
Nessa peça em cinco atos, é retratada a queda de Júlio César: o complô contra ele, o seu assassinato, a traição de Brútus e a fúria indignada de Marco Antônio, seu fiel seguidor, que protagoniza em Júlio César um dos mais célebres monólogos da história do teatro. O texto trata de grandes homens – César, Marco Antônio, Cássio, Brútus, Otávio –, da cobiça pelo poder, da natureza psicológica do forte e do fraco, da traição e da lealdade e das ironias da História.
A nova tradução da professora Beatriz Viégas-Faria (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS) mantém a pungência dos discursos políticos e a sutileza de Shakespeare ao tratar de personagens que são, ao mesmo tempo, grandes homens e homens comuns.
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