Coleção L&PM E-books


USE E JOGUE FORA: NOSSO PLANETA, NOSSA ÚNICA CASA

USELO Y TIRELO

Eduardo Galeano

Tradução de Eric Nepomuceno

“Muito recentemente ficamos sabendo que a natureza se cansa, como nós, seus filhos; e soubemos que, como nós, ela pode ser assassinada. Já não se fala de submeter a natureza: agora até seus verdugos dizem que é preciso protegê-la. Mas em um ou outro caso, natureza submetida ou natureza protegida, ela está fora de nós. A civilização que confunde os relógios com o tempo, o crescimento com o desenvolvimento e o grandalhão com grandeza também confunde a natureza com a paisagem, enquanto o mundo, labirinto sem centro, se dedica a romper seu próprio céu.”

Eduardo Galeano


 

O colapso ambiental e a conversa sobre a catástrofe planetária se tornaram parte de nosso cotidiano. Nesta antologia, Eduardo Galeano propõe uma visão alternativa, que na verdade é uma constante em toda sua obra, para abordar o mesmo problema: ele nos relembra nosso vínculo indefectível com a natureza, explora a riqueza e as formas de resistência desta, e acusa, alarmado, nossa teimosia urbana e “moderna” de crer que podemos prescindir dela.

Galeano mostra que o abuso do meio-ambiente sempre andou de mãos dadas com aquilo que os brancos chamaram de “progresso”. Ele imagina um Juízo Final para os seres humanos, no qual um “supremo tribunal de bichos e plantas” nos lembrará de “ter convertido este mundo num deserto de pedras”. Mas, ainda com alguma esperança, afirma: não é tarde para entender de uma vez por todas que nosso planeta é nossa única casa.

 

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Informações Gerais

  • Título:

    USE E JOGUE FORA: NOSSO PLANETA, NOSSA ÚNICA CASA

  • Título Original:
    USELO Y TIRELO
  • Catálogo:
    Coleção L&PM E-books
  • Gênero:
    Crônica
  • Série:
    Galeano
  • eISBN:
    978-65-5666-503-0
  • Medidas:
    14 X 21 X 1,11 cm
  • Edição:
    julho de 2024

Vida & Obra

Eduardo Galeano

Eduardo Galeano (1940-2015) nasceu em Montevidéu, no Uruguai. Viveu exilado na Argentina e na Catalunha, na Espanha, desde 1973. No início de 1985, com o fim da ditadura, voltou a Montevidéu. Galeano comete, sem remorsos, a violação de fronteiras que separam os gêneros literários. Ao longo de uma obra na qual confluem narração e ensaio, poesia e crônica, seus livros recolhem as vozes da alma e da rua e oferecem uma síntese da realidade e sua memória. Recebeu o prêmio José María Arguedas, outo...

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“Muito recentemente ficamos sabendo que a natureza se cansa, como nós, seus filhos; e soubemos que, como nós, ela pode ser assassinada. Já não se fala de submeter a natureza: agora até seus verdugos dizem que é preciso protegê-la. Mas em um ou outro caso, natureza submetida ou natureza protegida, ela está fora de nós. A civilização que confunde os relógios com o tempo, o crescimento com o desenvolvimento e o grandalhão com grandeza também confunde a natureza com a paisagem, enquanto o mundo, labirinto sem centro, se dedica a romper seu próprio céu.”

Eduardo Galeano


 

O colapso ambiental e a conversa sobre a catástrofe planetária se tornaram parte de nosso cotidiano. Nesta antologia, Eduardo Galeano propõe uma visão alternativa, que na verdade é uma constante em toda sua obra, para abordar o mesmo problema: ele nos relembra nosso vínculo indefectível com a natureza, explora a riqueza e as formas de resistência desta, e acusa, alarmado, nossa teimosia urbana e “moderna” de crer que podemos prescindir dela.

Galeano mostra que o abuso do meio-ambiente sempre andou de mãos dadas com aquilo que os brancos chamaram de “progresso”. Ele imagina um Juízo Final para os seres humanos, no qual um “supremo tribunal de bichos e plantas” nos lembrará de “ter convertido este mundo num deserto de pedras”. Mas, ainda com alguma esperança, afirma: não é tarde para entender de uma vez por todas que nosso planeta é nossa única casa.

 

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