As crônicas desse livro dissecam a realidade através das várias lentes de Zé Pedro Goulart. Falam de cinema autoral (Scorsese, Lynch, Woody Allen e outras espécies em extinção), de alta literatura (Bukowski, Gutiérrez, De Quincey) e alta gastronomia (calabresa com cebola, cachorro-quente do Rosário, xis-coração do Plutão). Falam de medo, solidão, monogamia, monotonia, cinismo, idiotia e da complexão da simplicidade. Passam a mão na bunda da Malu Mader, flagram a bichice de Almodóvar, Caetano em playback na Hebe, Bob Dylan comendo meleca. (Trecho da apresentação de Eduardo Bueno)
Este livro de estréia do cineasta, publicitário, jornalista e roteirista Zé Pedro Goulart reúne 46 textos que são uma grata surpresa aos leitores e apreciadores de crônicas. Desde que começou a se exercitar no gênero, com uma coluna quinzenal no jornal, ele tem se mostrado um arguto e refinado observador do dia-a-dia. Seus textos trazem à luz aquilo que, escondido no cotidiano, normalmente não vemos. Zé Pedro faz uso da sua experiência artística para criticar e louvar filmes, cantores, escritores e celebridades, como Charles Bukowski, os Beatles, Bob Dylan, Michael Jackson, Millôr Fernandes e Martin Scorsese. E, ao comentar fatos culturais corriqueiros, o autor faz jus à linhagem dos grandes cronistas brasileiros (Rubem Braga, Nelson Rodrigues, Joaquim Ferreira dos Santos), propondo opiniões que fazem um contraponto à voz e ao senso comum e encontrando grandiosidade digna de registro nas coisas mais reles da vida, como comer um xis na madrugada..
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