Crônicas marsicanas é o diário das inúmeras viagens do autor pelo mundo, incluindo o Brasil, com a peculiaridade do olhar bem-humorado e irônico desse filósofo e músico. Alberto Marsicano convida o leitor a dar uma volta pelo planeta, mas não como turista: Marsicano se mistura à população local, seja do Marrocos, do Panamá, do Nepal ou da Costa do Marfim, e conta o que viu, o que sentiu e até mesmo o que ouviu.
Suas viagens começaram na década de 70, quando foi morar em Londres e fez da capital da Inglaterra seu ponto de partida para conhecer o mundo. Grande parte das crônicas estão relacionadas com a Índia e sua cultura, da qual Marsicano é grande admirador. O escritor entrou em contato com a música indiana no final da década de 60. Ao se mudar para Londres, se tornou discípulo do músico indiano Ravi Shankar e posteriormente aluno de Krishna Chakravarty, da Universidade de Benares (Índia), com os quais aprendeu a tocar a cítara indiana de 18 cordas, um dos instrumentos mais complexos do mundo, e do qual foi o introdutor no Brasil.
O título do livro faz referência às Crônicas marcianas, de Ray Bradbury, coletânea de contos lançada na década de 50 cujo tema principal é a colonização de Marte pelos humanos. O trocadilho criado por Marsicano explica muito da essência de suas crônicas e de sua personalidade. Músico versátil – além da cítara indiana toca viola, violão de 12 cordas e violão clássico –, intelectual – tradutor de Blake e Keats, além do japonês Bashô –, poliglota, lê e se comunica em pelo menos 10 idiomas, incluindo hindi, bengali, sânscrito, alemão e grego –, Marsicano é verdadeiramente múltiplo.
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Opinião do Leitor
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