Não é à toa que atualmente temos disponíveis uma diversidade enorme de programas de culinária que tentam nos ensinar desde pratos do dia a dia até os mais requintados doces. Não é à toa que inventaram a reunião-almoço para discutir negócios ao mesmo tempo que se aprecia uma boa refeição. Não é à toa que se fala em comfort food, expressão em inglês para traduzir um sentimento que alia comida a sentimentos bons. É porque o ato de se alimentar é muito mais do que nutrir nosso corpo. Para David Coimbra, é a felicidade pura.
Nestas mais de quarenta crônicas, o escritor traz algumas de suas mais queridas memórias de infância, quando podia desfrutar em família da maravilhosa cozinha de sua avó. Dizer que Dona Dina era uma cozinheira de mão cheia é pouco. Mais do que ingredientes, ela misturava afetos e levava à mesa uma combinação de dedicação e amor pelos seus.
Aqui o autor não fala de pratos sofisticados, fala sim das melhores refeições de sua vida, repletas de arroz mexido, daquele bauru que era uma experiência de outro mundo, de um simples pão com geleia (ou schmier, para quem cresceu na porção mais ao sul do país). E essa tradição que vem de sua avó e passou por sua mãe está agora com David, que, seja em forma de panqueca no domingo ou de lentilha no final do ano, transmite para seu filho a lição de que a vida tem pequenos prazeres e que algo singelo como cozinhar pode ser traduzido em afeto puro.
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