Sabe aquele cara invejado pela turma, que namorou todas as mulheres do bairro, as vizinhas e as amigas das vizinhas, cometeu o pecado de, inclusive, ousar mexer com as irmãs dos amigos e, num surto de loucura, até com as mães dos amigos? Pois é dele – e de vários outros espécimes masculinos – que David Coimbra trata nestas histórias. Mas não se engane: o grande personagem destes contos não são os homens. Eles são apenas coadjuvantes de um universo feminino em ebulição; são as mulheres, em todas suas versões, que mandam nestas histórias. Loiras, morenas, ruivas, de seios empinados, esposas respeitáveis, fêmeas pícaras, saídas da imaginação de um escritor que domina como ninguém a narrativa curta.
São mais de 40 textos – reunidos dos livros A cantada infalível e A mulher do centroavante –, muitos deles tendo o futebol como pano de fundo, outros passados em insuspeitos ambientes domésticos. Mas a esta altura você deve estar se perguntando: "Afinal, qual é a cantada infalível?". Só lendo para saber.
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