Com a publicação de Antes do baile verde, em 1970, Lygia Fagundes Telles tornou-se um dos contistas mais expressivos do Brasil. Em seus contos lêem-se as transformações que afetam a classe média brasileira a partir dos anos cinqüenta e, mais especificamente, no período da ditadura militar. (...) A qualidade literária desses contos, em imagens visuais, sugere que a literatura é também uma forma de incursão nas almas e, catarticamente, um lenitivo para os conflitos individuais.
É sobre desajustes e desencontros que Lygia constrói seu universo ficcional. Seus contos, porém, não se restringem a documentar as vidas privadas da burguesia urbana. Trabalhando as emoções com a força da palavra, ela sofisticou a forma para criar um mundo em que os limites entre o vivido e o imaginado se confundem e tocam as dimensões do onírico.
Escolher alguns dentre tantos contos perfeitos é uma forma de homenagear a quem alimentou, através da palavra escrita, os anseios, as expectativas e as fantasias de, no mínimo, três gerações de leitores.
Léa Masina
Contos:
"Antes do baile verde"
"A caçada"
"O jardim selvagem"
"Natal na barca"
"A ceia"
"Venha ver o pôr-do-sol"
"As pérolas"
"O menino"
"As formigas"
"Tigrela"
"Herbarium"
"Pomba enamorada ou Uma história de amor"
"Lua crescente em Amsterdã"
"A estrutura da bolha de sabão"
"História de passarinho"
"Dolly"
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