Ser feliz para sempre é o final que todos nós sonhamos para nossa história pessoal. [...] Ninguém sabe direito o que é felicidade, mas, definitivamente, não é acomodação. Acomodar-se é o mesmo que fazer uma longa viagem no piloto automático. Muito seguro, mas que aborrecimento. É preciso um pouquinho de turbulência para a gente acordar e sentir alguma coisa, nem que seja medo. [...]
Eu não gosto de montanha-russa, o brinquedo, mas gosto de montanha-russa, a vida. Isso porque creio possuir um certo grau de responsabilidade que me permite saber até que altura posso ir e que tipo de tombo posso levar sem me machucar demasiadamente: alto demais não vou, mas ficar no chão o tempo inteiro não fico. Viver não é seguro. Viver não é fácil. E não pode ser monótono.
Trecho da crônica “Felizes para sempre”
Martha Medeiros, uma das escritoras de maior sucesso da atualidade, oferece aos leitores cem crônicas, cem pequenos e deliciosos flashes da loucura da vida cotidiana e moderna. Montanha-russa é como a autora vê a vida, com suas engrenagens à mostra, provocando-nos vertigens e frio na barriga, mas sempre dando vontade de dar mais uma volta. Você está convidado a dar um passeio pelo sincero, franco e irreverente texto da autora, que, ao pousar o olhar sobre as coisas mais corriqueiras, traz à luz o inusitado, faz confissões politicamente incorretas e inconfessáveis reflexões. Paradoxal, ambígua e filha do seu tempo, a obra de Martha Medeiros traz a marca do grande escritor.
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