Os primórdios da civilização egípcia datam de cerca de 5000 a.C. Desde então, não houve um único período da sua história que não estivesse cercado do mais absoluto fascínio. Prova disto é o número quase infinito de obras que já se escreveram, em todas as línguas, sobre a cultura, a história e os costumes da civilização dos faraós. Dentre tantos aspectos que caracterizam a riquíssima cultura egípcia, seguramente um dos que mais despertam a atenção é o das lendas e mitos relativos a deuses e heróis.

Como toda mitologia, a egípcia presta-se a várias interpretações, que vão desde as mais prosaicas, que vêem nos mitos apenas um relato engenhoso das manifestações da natureza – invariavelmente relacionadas à estreita dependência do Egito quanto ao rio Nilo, fonte primordial de vida e sustento – até aquelas mais herméticas, que preferem ver nos relatos alegorias místicas repletas da mais alta espiritualidade.

Em As melhores histórias da mitologia egípcia, A.S. Franchini e Carmen Segranfredo, dando prosseguimento ao projeto de divulgar de maneira despretensiosa e divertida o corpus mitológico das mais diversas culturas, recriam para o público brasileiro as principais histórias egípcias que, em matéria de emoção e aventura, nada ficam a dever à mitologia greco-romana, bem mais popularizada entre nós.

Rá, Osíris, Set, Ísis e Horus são alguns dos personagens que desfilam nesta movimentada coletânea, na qual o drama alterna-se na medida exata com a comédia, cumprindo o propósito dos autores de, ao mesmo tempo, instruir e divertir.