Nova tradução de Ilana Heineberg
Emma é uma mulher sonhadora, uma pequeno-burguesa criada no campo que aprendeu a ver a vida através da literatura sentimental. Bonita e requintada para os padrões provincianos, casa-se com Charles Bovary, um médico interiorano tão apaixonado pela esposa quanto entediante. Nem mesmo o nascimento de uma filha dá alegria ao indissolúvel casamento no qual a protagonista sente-se presa. Como Dom Quixote, que leu romances de cavalaria demais e pôs-se a guerrear com moinhos, ela tenta dar vida e paixão à sua existência, escolha que levará a uma sucessão de erros e a uma descida ao inferno.
“Emma Bovary c’est moi”, disse Gustave Flaubert (1821-1880), o criador deste que é considerado o ápice da narrativa longa do século XIX – o chamado século de ouro do romance. Flaubert, o esteta, aquele que buscava o mot juste (a palavra exata) e burilava os seus textos por anos a fio, imbuiu-se da consciência e da sensibilidade da sua personagem. Atingiu, com a irretocável prosa de Madame Bovary, o mais alto grau de penetração e análise psicológica da literatura universal. Nunca um romancista talhou com tanto esmero a mente e as aflições de sua personagem.
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Opinião do Leitor
Aguinaldo Olimpio Rocha Júnior
Bom Despacho/MG
Toda mulher, tem "EMMA" dormitando no subconsciente, igualmente aquela, deseja trair, todavia, o superego a impede. Mas, nos sonhos, livre da peias da civilização elas sonham e se entregam apaixonadamente aos desejos animalesco do inconsciente e prevaricam com artistas, vizinhos e namorados do passado. Portanto, Flaubert nada mais fez que dar asas à imaginação da mulher no sentido amplo, isso porque o sexo é dos instintos o mais flamejante...Dirai "flauberjante" ...Embora de eras diferentes, Nelson Rodriguês e Flaubert são idênticos nas tragédias reais da exist~encia traduzidas plea literatura. Ambos foram criticados. Flaubert mais porque viveu na época das trevas da quais o dramaturgo brasileiro se viu livre pela livre expressão da imprensa do século XX bem diferente da época de flaubert.
28/12/2013