Outros Formatos


O PAPA É CULPADO?

THE CASE OF THE POPE: VATICAN ACCOUNTABILLITY FOR HUMAN RIGHTS ABUSE

Geoffrey Robertson

Tradução de Otavio Albuquerque

R$44,90

"Um livro que combina rigor moral com uma mordaz precisão jurídica"
Terry Eagleton,
The Guardian

"Um desafio que nenhum católico sensato poderá ignorar"
Helena Kennedy, advogada britânica

A Igreja Católica está sob ataque. Ao longo dos últimos anos, essa instituição milenar vem sendo alvo de inúmeras acusações de abusos sexuais contra menores praticados pelos próprios padres, de maneira sistemática e disseminada, em casos tristes e grotescos que não param de vir à tona no mundo todo. No entanto, nada a respeito de pedofilia na Igreja católica é novidade: escândalos desse tipo vêm acontecendo desde o ano 153, e estudos mostram que atualmente assustadores 9% de todo o clero católico poderiam estar envolvidos nesse tipo de crime.

Neste livro – inédito por sua coragem –, o renomado advogado britânico Geoffrey Robertson explica por que uma linhagem de crimes tão antiga não apenas se perpetuou até nossos dias como se dissemina cada vez mais. A principal razão é a ampla impunidade assegurada pelo direito canônico, código legal exclusivo da Igreja, que rege com punições ínfimas tais crimes, considerados pelo Vaticano como meros pecados. Além disso, o sistema católico costuma exigir o silêncio das vítimas, esconder os fatos das autoridades e realocar os padres molestadores para novas paróquias, onde podem reincidir livremente. Tal sistema de impunidade é administrado pela Congregação para a Doutrina da Fé, que foi comandada pelo cardeal Joseph Ratzinger, atual papa, durante quase um quarto de século.

E o que por sua vez dificulta a responsabilização do Vaticano pelo acobertamento de tais crimes é a imunidade legal que lhe é garantida por ser um Estado soberano (desde o espúrio Tratado de Latrão, assinado pelo ditador Benito Mussolini em 1929), o que pressupõe um foro privilegiado. De forma lúcida e precisa, mobilizando argumentos de direito criminal e internacional, o autor defende sua contundente ideia: a de que o Sumo Pontífice – líder do Estado vaticano – é responsável por inúmeros abusos viabilizados e acobertados ao longo dos anos e, em última análise, deveria ser julgado por crimes contra a humanidade.

Robertson se alinha ainda com os mais importantes pensadores laicos da atualidade, como Christopher Hitchens e Richard Dawkins, ao considerar que a elusiva condição de Estado é usada pelo Vaticano para atuar na arena internacional, exercendo uma forte presença contra políticas de controle de natalidade, direitos das mulheres e dos homossexuais e o uso de preservativos, causando um impacto devastador em questões que deveriam ser políticas, e não religiosas.

As inúmeras denúncias de abusos sexuais contra padres na América do Norte e na Europa até o momento já somam pedidos de indenização na casa dos 2 bilhões de dólares, valor que pode mais do que dobrar nos próximos anos. E a situação pode ser ainda mais sombria em países da África e da América Latina, onde o assunto ainda não foi devidamente abordado. Limitando-se a impactantes argumentos jurídicos, sem imiscuir-se em questões de fé, Robertson mostra claramente: o que estamos vendo é apenas a ponta de um imenso iceberg.

Geoffrey Robertson, um dos mais renomados juristas britânicos, ficou conhecido como defensor em importantes casos criminais, além de ser fundador e diretor da Doughty Street Chambers, a maior organização de direitos humanos do Reino Unido. No final de 2010, assumiu a defesa de Julian Assange, criador do site Wikileaks, em seu processo de extradição.

Ler mais

Informações Gerais

  • Título:

    O PAPA É CULPADO?

  • Título Original:
    THE CASE OF THE POPE: VATICAN ACCOUNTABILLITY FOR HUMAN RIGHTS ABUSE
  • Catálogo:
    Outros Formatos
  • Gênero:
    Ensaios
  • Cód.Barras:
    9788525424501
  • ISBN:
    978.85.254.2450-1
  • Formato:
    14x21
  • Páginas:
    280
  • Edição:
    outubro de 2011

Vida & Obra

Geoffrey Robertson

Geoffrey Robertson, um dos mais renomados juristas britânicos, ficou conhecido como defensor em importantes casos criminais, além de ser fundador e diretor da Doughty Street Cahmbers, a maior organização de direitos humanos do Reino Unido. No final de 2010, assumiu a defesa de Julian Assange, criador do site Wikileaks, em seu processo de extradição.

Opinião do Leitor

Pablo
Vitoria - ES

Livro corajoso e repleto de verdade. Incrível como a igreja ainda não tenha recolhido o referido livro. Indico também o livro Em nome de Deus, de David Yallop.

19/12/2013 10:17:58

Você também pode gostar


Terry Eagleton, The Guardian

"Um desafio que nenhum católico sensato poderá ignorar"
Helena Kennedy, advogada britânica

A Igreja Católica está sob ataque. Ao longo dos últimos anos, essa instituição milenar vem sendo alvo de inúmeras acusações de abusos sexuais contra menores praticados pelos próprios padres, de maneira sistemática e disseminada, em casos tristes e grotescos que não param de vir à tona no mundo todo. No entanto, nada a respeito de pedofilia na Igreja católica é novidade: escândalos desse tipo vêm acontecendo desde o ano 153, e estudos mostram que atualmente assustadores 9% de todo o clero católico poderiam estar envolvidos nesse tipo de crime.

Neste livro – inédito por sua coragem –, o renomado advogado britânico Geoffrey Robertson explica por que uma linhagem de crimes tão antiga não apenas se perpetuou até nossos dias como se dissemina cada vez mais. A principal razão é a ampla impunidade assegurada pelo direito canônico, código legal exclusivo da Igreja, que rege com punições ínfimas tais crimes, considerados pelo Vaticano como meros pecados. Além disso, o sistema católico costuma exigir o silêncio das vítimas, esconder os fatos das autoridades e realocar os padres molestadores para novas paróquias, onde podem reincidir livremente. Tal sistema de impunidade é administrado pela Congregação para a Doutrina da Fé, que foi comandada pelo cardeal Joseph Ratzinger, atual papa, durante quase um quarto de século.

E o que por sua vez dificulta a responsabilização do Vaticano pelo acobertamento de tais crimes é a imunidade legal que lhe é garantida por ser um Estado soberano (desde o espúrio Tratado de Latrão, assinado pelo ditador Benito Mussolini em 1929), o que pressupõe um foro privilegiado. De forma lúcida e precisa, mobilizando argumentos de direito criminal e internacional, o autor defende sua contundente ideia: a de que o Sumo Pontífice – líder do Estado vaticano – é responsável por inúmeros abusos viabilizados e acobertados ao longo dos anos e, em última análise, deveria ser julgado por crimes contra a humanidade.

Robertson se alinha ainda com os mais importantes pensadores laicos da atualidade, como Christopher Hitchens e Richard Dawkins, ao considerar que a elusiva condição de Estado é usada pelo Vaticano para atuar na arena internacional, exercendo uma forte presença contra políticas de controle de natalidade, direitos das mulheres e dos homossexuais e o uso de preservativos, causando um impacto devastador em questões que deveriam ser políticas, e não religiosas.

As inúmeras denúncias de abusos sexuais contra padres na América do Norte e na Europa até o momento já somam pedidos de indenização na casa dos 2 bilhões de dólares, valor que pode mais do que dobrar nos próximos anos. E a situação pode ser ainda mais sombria em países da África e da América Latina, onde o assunto ainda não foi devidamente abordado. Limitando-se a impactantes argumentos jurídicos, sem imiscuir-se em questões de fé, Robertson mostra claramente: o que estamos vendo é apenas a ponta de um imenso iceberg.

Geoffrey Robertson, um dos mais renomados juristas britânicos, ficou conhecido como defensor em importantes casos criminais, além de ser fundador e diretor da Doughty Street Chambers, a maior organização de direitos humanos do Reino Unido. No final de 2010, assumiu a defesa de Julian Assange, criador do site Wikileaks, em seu processo de extradição.

" />