Francis Scott Fitzgerald
Francis Scott Fitzgerald nasceu em 24 de setembro de 1896, em uma família classe média de descendência irlandesa e católica, em St. Paul, no estado norte-americano de Minnesota. Cursou a Universidade de Princeton, sem no entanto graduar-se, e lá tornou-se amigo do futuro crítico e escritor Edmund Wilson (1895-1972). Também nesse período passou a conviver com famílias da classe alta, cujo estilo de vida o obcecaria até o final da vida. Foi recrutado pelo exército em 1917, quando os Estados Unidos entraram na Primeira Guerra Mundial, mas não chegou a servir na Europa. Ainda no exército, conheceu a bela Zelda Sayre, oriunda de uma família de classe alta do Alabama. Zelda chegou a romper o noivado, pois Scott não teria como sustentá-la.
Em 1920, publicou seu primeiro romance, This Side of Paradise (Este lado do paraíso), que obteve sucesso instantâneo. Nesse mesmo ano eles se casaram e no ano seguinte nasceu a filha única do casal, Frances Scott Fitzgerald. Zelda e Scott partilhavam o gosto por uma vida de festas, glamour e bebida, e, dividindo-se entre os Estados Unidos e cidades chiques da Europa, moldaram um estilo de vida que os tornou tão famosos quanto a obra literária de F. Scott. Ele disse uma vez: “Às vezes não sei se eu e Zelda existimos de fato ou se somos personagens de um de meus romances”. Seguiram-se os romances The Beautiful and the Damned (Os belos e os malditos), em 1922, e The Great Gatsby (O grande Gatsby), em 1925. Este último é considerado pela maior parte dos críticos, assim como o era pelo próprio Fitzgerald, sua mais bem-acabada obra. Grande parte de seus contos foram escritos nesta época e publicados em periódicos como Saturday Evening Post, Esquire e Collier’s, ajudando o casal a manter um estilo de vida extravagante e elegante, apesar das costumeiras dificuldades financeiras.
Em 1930, Zelda começou a demonstrar sintomas de perturbação mental e em 1932 foi internada em uma clínica. Tender is the Night (Suave é a noite), de 1934, romance sobre Dick Diver e Nicole, sua mulher esquizofrênica, reflete os problemas do casal. O livro não foi bem-recebido nos Estados Unidos, e Fitzgerald, apesar de achar o cinema degradante, cedeu à tentação de trabalhar como roteirista para os estúdios de Hollywood nos últimos três anos da sua vida. Nesse período escreveu os ensaios autobiográficos publicados postumamente sob o nome de The Crack-up (O colapso) e o romance inacabado The Last Tycoon (O último magnata), que foi editado e publicado postumamente pelo amigo Edmund Wilson. Fitzgerald morreu em 1940 de ataque cardíaco.
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