Vida & Obra


Aluísio Azevedo

Aluísio Azevedo nasceu em São Luís do Maranhão, em 1857. Contrariando a vontade paterna, que era vê-lo comerciante, viaja, aos 17 anos, para o Rio de Janeiro e começa a estudar pintura na Academia Imperial de Belas Artes. Logo passa a colaborar, com caricaturas e poesias, em jornais e revistas. Com a morte do pai em 1878, é obrigado a retornar a São Luís, onde, em 1880, lança o romance Uma Lágrima de Mulher, exageradamente sentimental, em estilo romântico. Fortemente influenciado pelas leituras de Eça de Queiroz e de Émile Zola, que lhe apontam um novo caminho, publica em 1881 O Mulato, obra que inaugura o Naturalismo na literatura brasileira. Por tratar-se de um libelo contra a vida e os costumes maranhenses no período abolicionista, o romance provoca violenta reação da sociedade provinciana e do clero, coagindo-o a voltar para o Rio de Janeiro, onde passa a viver da literatura, publicando romances, escrevendo folhetins e contos em jornais e redigindo peças teatrais. Em 1895, ao ingressar na carreira diplomática, abandona a literatura. Esteve, a serviço do Brasil, na Espanha, no Japão, no Uruguai, na Inglaterra, na Itália, no Paraguai e na Argentina, onde morreu em 1913.

Na carreira literária de Aluísio Azevedo, podemos distinguir duas posições estéticas simultâneas: de um lado, os romances românticos, que o próprio autor chamava de "comerciais", destinados a alimentar os jornais e a agradar a um público acostumado aos sentimentalismos e às extravagâncias da moda; de outro, os romances "artísticos", em que o autor adere ao espírito naturalista, produzindo verdadeiras obras-primas. À linha folhetinesca pertencem Memórias de um Condenado, Girândola dos Amores, Filomena Borges, entre outros. À linha artística pertencem os romances maiores de Aluísio: O Mulato, Casa de Pensão e O Cortiço. Escreveu também O Coruja, O Homem e o Livro de Uma Sogra.

Há nas principais obras do autor uma preocupação constante com a denúncia de situações sociais desumanas e injustas, que o tornam, acima de tudo, um romancista social.

Texto extraído de O cortiço (L&PM POCKET, v. 103)

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Opinião do Leitor

Bárbara Marques
Recife/PE

Amei ler O Cortiço, uma obra muito envolvente e, de boa narrativa.

16/05/2016

Agatha

marcelma da silva bezerra
cajazeiras

adorei ler o cortiço

14/07/2013